De pés descalços sobre a raiz do azul oceano,
Paciente e resiliente face às ondas ainda por vir,
Voamos vestidos de reflexos cerúleos sem engano,
Este é o sítio neste momento para por fim as sentir,
Por isso nos importunam as nuvens na veloz ascensão,
Sobre a água uma ponte invisível, que doce beleza,
E por aí não obstante bate por fim o uno coração
Rematando para longe os traços de dor e tristeza,
Encurralado entre os antebraços, deposito os abraços
De quem me pretende próximo, um rosto no beijo
E vem o desejo, e vem a vontade a nítidos laços,
O ar engolido, libertado em busca de um tesouro
Maior do que a vida, maior que o maior almejo,
Aqui é onde fico e me preparo para o tempo vindouro.
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