Outrora era um homem no epicentro da confusão,
Esvoaçando cego pela luz, ouvindo os sonhadores
Não mais do que um vislumbre para fora desta ilusão,
Debaixo do holofote a peça acabou sendo eu os bastidores,
O passado por vezes apanha-nos e prende-nos à sua beira,
Procedemos a busca pela fragrância que faz mais sentido,
Entretanto balança, balança e caem-nos sonhos da algibeira
Será esta a viagem para a qual não nos teremos ainda precavido?
Lanço os braços adiante e alcanço parte custódia do firmamento,
Sabes que houve alturas em que a geada preencheu este coração,
As nuvens que me passam, os beijos que traçam este momento,
Por isso inspiro o suspiro que vai e vem, eu sou aquilo que é deixado,
A poeira de ouro bem sedimentada é trilho inverso por vocação,
O resto que ainda está para vir é o resto que falta ser abraçado.
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