quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Rendição Não É Palavra

Basta deixar e permitir a ausência de condição,
É simples, renovada vida jorrando ao segundo,
Ao a olharmos nos olhos, vemos, solta-se a mão,
No brilho entre o escuro, o lindo pa hira lá do imundo,

Sim, é súbito o fôlego sobre o berço de quem nascerá,
A verdade é inteira, rescendendo a sonho acordado,
Envolvendo a planície, seguidor e vigia onde haverá
A procura por lugar no eu,  o tal suspiro aligeirado,

O círculo interminável e inevitável jamais terá um fim,
Mantendo luz por perto, mesmo no regaço da morte,
Há foco, há prefácio para o inefável e só assim

Seremos trajecto dentro de nós,  o encontrar da solução,
O resto é esquecimento, o não ver enfim o norte,
Pois na ausência de nós, quem em vós verá coração?

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