Lá trazia o abrigo da tempestade num olhar inocente,
A voz envolvida por trapos de silêncio humedecidos,
Perante o fim era caminho face ao destino indiferente
Pois os homens erram até à morte, por vezes indefinidos,
Os passageiros eram marés passadas e mãos enrugadas,
Este frio trajado por lençóis novos por ontem rasgados,
E eu, Cupido apontando para as ampulhetas quebradas,
Aquelas esquecidas pelo vento em ausência de legados,
A bússola ficando turva perante o rosto deste espelho,
Alheado pela cilada da pureza dos oceanos erguidos
Por uma semente estelar tornada em pó, num velho
Que se esconde num silêncio inaudito, a eterna intriga
Era respiradoiro para céus abertos e de sóis vestidos,
A procura por um lugar em mim, a mais bela cantiga.
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