quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Albergando no Centro do Peito os Estrangeiros

Era o suspiro que pelo canto do olho era escape
Para o sonhador esquivo e o trovador radiante,
Pois desse perene brilho não há quem se enfarte
Rumo à chegada para além do horizonte distante,

Pergunto se para o lugar que ocupo sou suficiente,
Pois procuro pousio após o voo alifero sem retorno,
Esta é a eterna batalha entre o incrédulo e o descrente
O não distinguir a pena da pluma, é imenso o transtorno,

Pois sonho sem adormecer e vejo de olhos fechados,
Projectando a luz do sol no peito num olhar reflectido
Pelo cerúleo, são esses os amantes outrora separados

Indo por eras e épocas, segundos em mim passageiros,
Porém em aqui que sou encontrado apesar de perdido,
Que no peito consigo albergar os a si próprios estrangeiros



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