quarta-feira, 27 de abril de 2016

Prisioneiro ou Refém

Prisioneiro ou refém de punhos amarrados,
O viandante finalmente encontrou paragem,
Pois hoje caminha de passos bem parados
E o horizonte parece mais uma miragem,

Pontes passadas são piras incandescentes
Onde só ninguém tem passagem aberta,
A sonolência por rios lunares crescentes
Donde vêm veredas de luz incerta,

Saudades do porto que nos deu abrigo,
Da dança imortal de duas numa alma,
Até de ser o poeta, de sê-lo contigo,

Independentemente de qual o perfume,
Aquele que me atormenta e acalma,
Na fogueira que me cobre de negrume