Prisioneiro ou refém de punhos amarrados,
O viandante finalmente encontrou paragem,
Pois hoje caminha de passos bem parados
E o horizonte parece mais uma miragem,
Pontes passadas são piras incandescentes
Onde só ninguém tem passagem aberta,
A sonolência por rios lunares crescentes
Donde vêm veredas de luz incerta,
Saudades do porto que nos deu abrigo,
Da dança imortal de duas numa alma,
Até de ser o poeta, de sê-lo contigo,
Independentemente de qual o perfume,
Aquele que me atormenta e acalma,
Na fogueira que me cobre de negrume