sábado, 30 de abril de 2016

Há Vezes

Há vezes em que a noite cai nestes braços,
Olhando para o céu sinto-a embalada,
Tal criança a adormecer em mil pedaços,
Guardados em mim ao passar da noitada,

Há sorrisos que são indescritíveis ao toque,
Vislumbro de uma cadeira um canto familiar,
Que o dia venha, que a noite o invoque,
Para um último leve beijo, um doce amar,

Lembro-a mesmo que passe o mundo,
A saudade de quem quebrou o coração,
Num sítio sensível, em lugar profundo,

Quando já não vamos de mão em mão,
Tornar-me-ei novamente no vagabundo
Entre a difusão do céu e uma prisão.