terça-feira, 26 de abril de 2016

Ninguém se Passeia

Ninguém se passeia na noite cerrada
E eu de vista cheia de firmamento
Pergunto qual o passo desta encruzilhada
Onde o trilho não se dá por cinzento,

Passam as manhãs e não vem o dia,
Ouço sua ausência na escassez de voz,
Sussurrando estrofes com falta de poesia,
Desta frieza imponente terei meu algoz,

E estas mãos frias sem linhas nos dedos,
Não há espaço algum para esta meia falta
Que vem de mansinho, quase sem medos

Onde até me esqueço donde é o doce lar,
Vai a última estrela cadente na noite alta
E eu sem saber bem onde me encontrar.