terça-feira, 5 de abril de 2011

Os Reluzentes e a Aurora Crepuscular

A Aurora é sempre, sempre igual,
A si e somente a si mesma, mesma
Imutável e infindavelmente igual,
Eternamente semelhante a si,
Apenas sabe ser ela própria,
A si própria e a si mesma,
Ela é o que sempre foi,
O que sempre será,
E lá vai sendo,
Para sempre si,
Si e ela e nela é,
Fora e dentro do que é,
No que é, é cativa de si,
No que não é, ignora tal noção,
Infinitamente sua bênção é inconsciente,
Pois ela é o perfeito afinal concretizado,
Aliás, perfeito é sinónimo de único,
A criação não desenhada,
Não desdenhada, palpável
Logo, o único e ímpar amor,
Do Crepúsculo, são.
São pois assim,
Incomensuravelmente iguais,
O complementar sabe seus nomes,
Nele eles sobejam e florescem;
Nós, porém, tão distintos somos que,
Que nos evade o quão semelhante
Tudo o que é restante o é.
Sim,
Nós é que somos diferentes,
A cada seu novo avistamento.