quinta-feira, 7 de abril de 2011

Aos meus Amigos: (Ao Sol, ao Mar e à Chuva)

Pertenço-vos meus humildes e honrosos amigos,
Tidos em copos de papel trago-vos em primaveras,
Sorriso delineado, espelhando ao Céu seus índigos,
Era estrelado e impar neste Ver de doces quimeras;

Esbelto refresco de Alma, foi o reaprender a sorrir,
Avisto-as, sob uma morrinha de estrelas cadentes,
Condessas e Duquesas do envolto bosquejo a reabrir,
O nevoeiro, luz entreabrindo do Ribeiro seus afluentes,

Esse Ósculo, reenvio-o às estrelas e orlo seus retratos,
Neste espaço que ocupo, enfim, hoje eu tido no singular,
O nascer do Sol no oriente presta lugar a estes ornatos,

A inocência do toque, a brisa terna da áurea maresia,
Hei-de retorna-la toda no peito, nutrir a essência e amar,
Serei então simples, pequeno e vertical: a singela poesia.