Estes lábios exprimem a ânsia do mundo,
Em súmula: a singela aceitação do Ser,
E nesse ser deter em si o oscular profundo,
Procurando a constância fulgente do Viver;
Guardo sim, os bocados, a passado esboçados,
Pois colorem a divina alma, realentam a calma,
Suspiram-me ao ouvido, o ganho e até o perdido,
Envergando o adiante, num espaço, num instante,
Tudo ruma além da nuvem, além do horizonte,
Ao Ósculo infindo de viver a Vida com sentido,
A perda é nula, aceitação é Sol e a Luz a ponte,
Para quem ruma soalheiro e sua sombra conhece,
Brilha tanto ou mais que Rigel, no estelar é reflectido,
Dou-vos agora a mão, aqui e agora irmãos, e o aqui…
…amanhece.
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