quarta-feira, 30 de março de 2011

Somos a Luz do Inefável

O ósculo da interpolação do Verão
Espelhado neste ténue e subtil palpitar,
Retendo cada feixe de Luz no coração,
Por cada sorriso, cada subtil pestanejar,

No aqui, o imenso e glorioso emanado,
Sendo inteiro, os pedaços então reunidos,
A margem, enfim, vista para o ali destinado,
A viagem culminada no reviver dos sentidos;

Estamos aqui para reencontrar os pedaços,
Abolir os estilhaços, cumprir a implícita missão,
Ser no um pelo todo, e no um reduzir os espaços
Entre todos os uns, seu toque será a única emissão,

Do enigma do Cosmos no singular, num instante,
Tudo visitado e tocado, o um não terá menção,
Pois seu nome não é intitular, mas sim recambiar
Do zénite remoto a inteira e única Divina Bênção;

Deus manifesta-se nos pequenos detalhes,
Sendo eu o detalhe pormenorizado divinal,
Inefável esta Luz quando brilha entre entalhes
Do corpóreo e material, ao celestino subliminal,

Então, quartos rarefeitos não mais aprisionarão,
Libertaremos ao grandioso o ósculo único: o Belo,
Consagrado no passageiro, retornando ao Verão,
Ad infinitum iniciado num ponto, revindo o singelo!

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