Perseguindo o Sol, tentando adiar a sua penumbra,
A Lua está de facto brilhante neste breu da subcave,
Adormecerei vendo aquilo que aos poetas deslumbra,
Um sorriso tocando de leve noutro, reavendo a chave,
De mil imagens do seu rosto projectado sobre as poeiras,
“Se não permitires entrar a Luz as estrelas jamais irão brilhar”;
Azul cerúleo, íamos lendo a janela do infinito na sua esteira,
Havia enfim usado o ar para algo mais do que o apenas respirar,
O perfume da Primavera, no sossegar das pétalas sua aragem,
O cenário: um mosaico que só navega suavizado pelo celestial,
“Só mais um pouco” e neste quadro terei parte e ímpar paragem;
Encoberto pelo matizado, subitamente o ar torna-se enleante,
Aclarado no dia, a noite de Verão era diferente, não era igual,
E no primor dos nostálgicos dias de Inverno: sou aqui principiante.
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