Rascunhei um rio na maré distante,
E aguardei paciente pelo seu retornar,
(Ao areal donde além estrelas brotavam)
Pueris e imaturas em suspiração ofegante,
Em cintilar circunscrito a éter seu adornar;
Imobilizadas na opacidade do olhar,
Beijando brevemente o areal do rosto,
(quando o para sempre nunca mais o é)
Este que definia as ondas do rio e do mar,
Em salubre toque ameno neste ímpar gosto;
Magia era delinear desperto o retrato paisagístico,
Onde o crepúsculo era somente nosso para enlear,
Soava então a Luz, a esmero sentir, a retoque artístico;
Surgindo a Lua em seu solitário deambular, de brilho boreal
Estrelada abóboda, impar nesse melancólico e impar olhar,
Enfim sossegar, em pisos quebrados de mármore sob o areal,
Imenso e reduzido perante o expressivo brilho lunar,
Recordava o inaudito e inefável em confidências,
A partilha alífera do que outrora fora o crepuscular,
Por raramente por cá ter permanecido a respirar o ar,
Havia-me afinal estendido sob as mais furtivas nebulosas,
Intermitente e translúcido era então, seus asteriscos no mar.
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