Não ao adormecer sob estrelas intermitentes,
Elas fedem a finitude, ausência de eternidade.
E efémero é palavrão no léxico dos reluzentes,
Aos que apenas expiram: a divina obscenidade.
No banal cativos, intermitentes, o fulgor pendente,
São nestes suspiros com laivos erguidos ao vero asco,
A metade jaz em ainda menor fragmento, o real mente,
E à falta de luz nem o luar assiste ao ecuménico fiasco,
São brados ecoados e reverberados pelas ondinas,
A acalmia passada, aguarda a seguinte intempérie,
Nhin osculando seus reflexos na água, e nas colinas,
Oreádas bailando vistosas pinturas, mas, nesta paupérie,
No concreto desnutrido, no tom acinzado de suas faces,
Estas estrelas hoje são intermitentes sim, inspiram a suspirar,
Recusando este tacto visual, a envolvência vera em enlaces
Repercutindo no transcendente, isso sim, este simples abraçar.
n. ego
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