Bailando lesta em ebriedade platónica,
Na brevidade sublime daquilo que refulge,
De braços abraçados, envolvendo-se
Em si, e em alguns passados adiantes,
Entre versos idílicos, no seu cabelo,
A lenidade da maresia era embalada,
Cada cordel principiado para…
Para… ser afagado sobre sua orelha,
Apontava grãos nas linhas do areal:
“Sou a menina feita de sonhos”,
A estrofe que definia sua passagem.
Havia nascido para amar magia,
A genuína e sincera fonte de magia,
Magia como só poucos conhecem,
Aquilo que jamais se deve apressar,
E até raramente verbalizar pois,
Pois verbalizar é apenas mais uma forma
De relegar o belo e banalizar o especial,
A nascente do manancial do estro,
Poético seria menosprezar esse Sentir,
O envergar o Tudo em cada olhar,
E de Tudo ser parte fraccionária,
Neste conjunto de versos ia rimando,
E surgia o consequente sorriso,
Escapavam-se-lhe como se de,
De uma ligeira petiz se tratasse,
Encantava-se Ema neste Sentir,
Quando o nocturno se volvia em dia,
E no dia, a beleza da noite se reflectia,
Tal relação como a das estrelas e no mar,
O efeito inconveniente era o interstício,
De ósculos diferentes, sentires afinal díspares.
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