segunda-feira, 8 de julho de 2024

Rios Alados e Lanternas Eternas

Assim seguirei rios alados que nem cavalos selvagens,
O irromper dos relâmpagos terei como a vestimenta,
Venha a noite e a manhã e suas mil e umas imagens,
Por um dia triste que outro dia feliz aqui me ornamenta,

O desvario por onde fomos e perdemos a noção da hora,
Tal crianças vadias em tantas e tantas travessuras eternas
Ficarei no apelo da dor quando nos formos todos embora,
Deixa em teu encalço as tuas milhares de acesas lanternas,

Se morrer aqui e agora, morrerei feliz nesta linda partida,
Em discussões com Deus, desse olhar sinuoso e risonho,
Meu choro, coisa pequena nesta alma viva e sempre contida,

Guardo renitente o cálice dourado de um beijo terminado,
Mesmo que carente aventuremo-nos pois assim é o sonho,
Seja alegre ou tristonho, porém num canto alto e obstinado.

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