O pássaro azul que tenta ser e vai de boca aberta,
O aceno de olá e o adeus que reside na alma do peito cravada,
O apelo ao floco de neve em indeterminada hora incerta,
Que em mim desperta gratidão por ter em mim nascente,
Por um momento vivido, pela raiz e através de um ramo,
Sentir-me acompanhado mesmo quando nem sequer há gente,
Ir pelo trilhado enfim, através do caminho que ainda amo,
Expresso o passado por um instante outrora eclipsado,
Esperançando alcançar o começo de outra margem querida
Por onde, por vezes, não há nada a alcançar no esperado,
Pois por vezes ao caixão tiquetaqueamos, silêncio ouvido,
Porém há berços jorrando entre o abismo, a ferida,
Mesmo quando só resta o que já expirou, o perecido.
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