Esta dor que trago no peito é minha somente,
A lágrima caída pelo canto de um luzente olhar,
Onde sou vulto passageiro de uma estação ausente,
Aonde por vezes parece que nunca chegarei a chegar,
Entre a gente e através das ruelas perdidas da cidade,
De coração quebrado, mau olhado, sem qualquer sorte,
Triste por vocação, ignorando sua canção, na ociosidade,
Pois venha a paz do caixão pois beijarei a mão dessa morte,
E eu fatigado por percorrer, cansado de ser poeta espezinhado
Pela correria da Vida, na casa partida, sem ter sequer chegado,
De iris semifusas, tão contusas, sem ter sítio para apelidar de lar,
Perdido entre os botecos, alcanço o fundo do copo, sem sequer me dar,
Morrerei por temer o amor, serei mártir e herói jamais proclamado,
Fechando os olhos, andando sem chão, sim! Penarei por não ter amado.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.