Danças lentas onde se relembram certos instantes,
Por lá torna-se o outrora vulgar na maior grandeza,
E viram-se os desconhecidos finalmente em amantes,
Resignados, aceitamos o amor que pensamos merecer,
E quando entardece, quando a noite faz em nós lugar,
As linhas de vida escurecem, segue-nos o tentar crer,
Mesmo quando o chão esmorece, o permitir acreditar
Confere asas a quem se esqueceu por fim de esvoaçar,
O sonho alado, o beijo indómito, paraíso em passagem,
Sou apenas outro poeta amador, e neste intenso almejar
Trago todos os poentes referentes a uma dada infinidade,
Desde a monção tida em frialdade até à eterna mensagem,
Passarei segundos para sempre à procura dessa breve beldade.
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