Há entre mim e eu uma distância a percorrer,
Um desejo por dar por cumprido, um anseio,
Pois de tantos beijos dados nem sei o que ser
Parece que de tantos ter sido me perdi no enseio,
Era agora dormir para verter dos olhos o silêncio,
A lembrança de dois lábios em e por si embriagados,
Melancolicamente bonito, o instante que vivencio,
Lugares que trazem o verão, pássaros voando liberados,
Atirando seixos para os solavancos, sem sítio para mim,
Hoje, como estranho nas entranhas esta sua ausência,
Esta solidão infligida, o coração entreaberto, o sim,
O não, este conter o oxigénio por debaixo de um rio,
Não obstante do mundo, trouxeste-me esta poesia,
Então quando me recordo, recordo-me de ti... e sorrio.
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