Ardendo cartas antigas de candeias feitas de amor,
Procurando agulhas em palheiros outra vez,
Especado a olhar o sol, estes olhos retratos para o ardor
Que sente quem lacrimejou um outrora,
Em moções silenciosas, o peso aos ombros do inverno
É suficiente para até ir esquecendo a aurora
Enquanto se rascunham pestanas num caderno,
Porém, a tragédia é que ainda em anjos acredito,
Fotos empilhadas em contentores do lixo
Trazem memórias da sua face de cor e por escrito
Pois sua voz são os meus silêncios, a acalmia
Diante a tempestade, diante o requebrar do esguicho,
E a obra de arte, a despedida no aceno desta poesia.
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