Trago-te nos nódulos dos dedos, neste olhar,
Nos abraços conferidos, na pele sobre a pele,
Nos lábios fantasma, na revolução do beijar,
Nas caricias nos braços, na canção que impele
Estes versos, que faz o sol em mim ainda brilhar,
Por favor, permite-me um dia nunca esquecer,
São estas palavras que travam a língua, o retornar
De uma brisa a espreitar-lhe no cabelo, a estremecer,
Trago-te descalça e branda numa moção levezinha,
Numa alvorada sobre a enseada da outra margem
Que parece por vezes anoitecer pela noite vizinha,
Entre cortinas, havemos um dia ainda de escapar
Desta vida que é morte, que não é sequer viagem
Acredita amor meu a vida ainda está por começar!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.