Desabafo meus pronomes tal folha outonal,
Talvez não caiam para baixo como é suposto,
Explicam o silêncio de um amor incondicional
Partindo de uma ponte onde o andar é proposto
Por quem o vê a passar de uma margem direita,
Será que basta ser metade nestes dias de outrora?
Caminho nu e sozinho por uma ruela tão estreita,
Caminho nu para ser encontrado por uma aurora,
Vou indo em desprendida pressa, vou indo discreto
Em arremesso certeiro, na muche, mas ao seu lado,
A carícia do relógio, a ampulheta mudando o afecto
De quem percorre os ponteiros de areia, o inevitável
É só o agora nas órbitas de uma pelicula cujo fado
É destino e balada perante o tido como indubitável.
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