A Primavera é esta pétala que trago na mão,
De fragrância forte e aberta para o nascente,
Tem a asa ferida, mas voa sem temer o chão,
É vela ao vento, um ângulo do Sol crescente,
E vão passando as estações, vem a alvorada,
A maré é a corrente de um sono em quietude
Onde sozinho caminho esse trilho, essa estrada,
Por acreditar que no centro é que está a virtude!
Esvoaçam as nuvens num dia feito de frialdade,
A vida é vagante, espuma à tona de uma praia
Onde um dia nos afogámos, mas... aqui há beldade,
No rosto pintado de pássaros largados aos horizontes,
O fluído de uma existência enraizada que desmaia,
Que é sede no viandante, que é suas mil e umas fontes.
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