quarta-feira, 24 de março de 2021

Tanto Quanto Os Meus Olhos Conseguem Ver

Tanto quanto os meus olhos conseguem ver
Há sombras próximas, as portas sendo abertas, 
E eu, velho e sábio, não consigo ir ou me conter
À pergunta: "Será breve o passar das horas incertas?"

E tanto quanto os meus olhos conseguem ver, 
Os ventos de Outono trarão o Domingo, o vento, 
Quando for velho e sábio e no caminho for e correr, 
Um dia qualquer, no meio do tempo, ainda lamento, 

"Já foste meu amigo não foste?" - caem os confetes,
Saúda-me meu velho amigo, esqueci-me das pontes, 
Fecho os olhos, cerro o coração, não me inquietes, 

Poeira na brisa, uma gota de água num mar infinito,
Desconhecendo o que poderá vir depois ou dantes, 
Eu sou o aprendiz dos mestres, o eterno incógnito. 

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