Sou eu o menino, a criança, o eterno amador,
E cai neve, e cai granizo e vem a enxurrada,
E eu de boca aberta esperando a madrugada,
E os outros sempre a me puxar para o outro lado,
E quem vem sou eu, vêem-me bem lá recostado
Ao molde que ofusca deuses e molda divindades,
Aqui, onde tudo é certeza sem improbabilidades,
É o brilho que cega o viandante, aqui visitante,
Por um pouco de tempo traz-lhe a paz à alma,
Cai cadente a alba, e somos mais que o restante,
Somos o fragmento de um momento de calma,
Onde o universo rodopiava sobre si num instante
Breve como a própria vida e cativo nesta palma.
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