quinta-feira, 25 de junho de 2020

O Cosmonauta do Vestido do Horizonte

Vagueando entre as costuras de um vestido,
A brisa é um feitiço para quebrar o momento,
Ouvido o vento crepitar no céu por mim sustido,
Na algibeira albergando supernovas, e eu sedento

De colinas, montanhas, céu, horizonte e firmamento,
Sobre eles entrelacei a estória do homem feito divino,
Deferido e definido, deixem-me estar, quase estou isento
Do humano pois só me falta largar a pele e seguir o destino,

Contemplem o instante do interior, as verdadeiras batalhas,
Que não imploram nem atalham mais! Criando e sonhando,
Eu brilho, eu fulgo, eu cintilo para além de muros e muralhas,

É universal e meramente casual, esta passagem dos segundos,
Que a passe a pé-descalço, sendo, tentando, dando e partilhando,
São estes os berços advindos dos funerais, os mil e um novos mundos.

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