segunda-feira, 8 de junho de 2020

Entre Os Ponteiros do Relógio

Eram assim vestidos brancos e danças lentas, 
Através do silêncio da noite e por ela embrulhada, 
Sossego, o ponteiro de um relógio e o que aparenta
Ser um instante infinito, parado e bem atento à estrada,

Opulento é o momento e escrevinhado à mão por um poeta, 
Daqueles enlouquecidos pelo Mundo e com vozes na cabeça, 
Inspira e expira, expira e inspira, da estirpe dos Deuses estafeta, 
Não obstante, o lobo e o rebanho que faz com que o Sol resplandeça,

Em alvoroço silencioso, a tela para as cores do Sol, o anzol, o isco,
Mas também o pescador e a cana (tal como toda a margem e o rio),
E esvoaça o espírito, chove luz, reluz a enxurrada, os dois em chuvisco, 

E nós nus, sem nada mas com tudo no peito, na mão partilhada, é incerto,
O destino, o fado dos homens, mas há magia, há poesia, há beleza e brio,
E ente as linhas de um poema, Amor Verdadeiro, daqui já vejo o mar-aberto!

 

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