terça-feira, 2 de junho de 2020

Somos Todos Fragmentos de Uma Supernova Que Não Tem Nome

Deixo-me na envoltura de uma densa nebulosa,
Encostado a uma constelação há muito esquecida, 
O mundo a meus pés, a noite altiva e tão formosa, 
Com as rotações da Terra parece que foi perdida, 

Sorriso no peito e este coração, varão de escadas
Para as estrelas cadentes por poetas imaginadas,
Por pintores pinceladas, por escultores esculpidas, 
O sonho de quem ousou e por este olhar recolhidas,

Cinco oceanos, sete mares e sua maré, vento norte
Que me empurra para a Primavera do firmamento, 
Tormenta após tormenta, dependente da boa sorte

Tal como bom marinheiro, este poderá ser o momento
Em que vejo o vero beijo e escapo à bruma da morte, 
Hoje é o dia em que da hiper-supernova sou fragmento.

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