Incorporando o brilho que cega, o escuro quando achado,
É o carrossel de emoções, o anseio e o esvoaçar
Que dão asas por cada resto e por cada bocado,
Saboreando as nuvens que perseguem a voz altiva,
São os anjos que se erguem do meu ombro apontando,
Pois sou aceno de cabeça, sou a procura, sou a tentativa,
Mesmo quando em mim próprio não sou encontrado,
A libertação não é o muro que foste mas o que ainda serás,
E o lar tem de ser aqui e hoje, no lugar ora ocupado,
Só assim combateremos a não-vida transpondo as horas más,
Por isso persigo o sol, a lua em mim albergando,
Por isso escuto o ruído, permitindo o silêncio - em ambos o recado,
Por isso vou no caminho, por permito ser e por isso vou largando...
(Pois nada é meu para possuir, nem este bocado).
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