Amor, este tempo é o espaço que não nos é pertença,
Percorrido foi o tempo do passeio e veio a despedida,
Este é olhar do penar, é a enfermidade e é a sentença,
Por favor permite-me o retrair e o fechar-se da ferida,
Na mente ainda sombreado por passadas aventesmas,
Percorro e corro sendo apanhado pelas relembranças
Deste andar nu por ruas que para sempre serão as mesmas
Porém indo sendo diferentes nestas renovadas andanças,
Eu, cemitério para ti, para este amor ainda não sentido,
Sonhos, venham a mim, tragam-me o beijo eternizado,
Por um ou algum momento e para ainda o ver hoje partido,
És a sombra deste caminhar, a nuvem triste e tristonha,
Há noites que a tua cara é todo o meu dia, o único ansiado,
Mas… se esta cidade nunca dorme, será que alguém sonha?
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