Sozinho, tão sós e irremediavelmente sozinhos,
Nostalgia por quem não vem, a cama é o vazio
Do coração que já não sabe quem foi nos caminhos
E que pretende encontrar poiso, deixar de ser vadio,
Somos apenas estranhos face a face desencontrados,
A miragem para a afeição, mercê para os desvalidos,
O rei sem trono é o sepulcro para os outrora coroados,
Gritos silentes, rompidos e ténues sob beijos indeferidos,
Contudo sei que há espaço para excelência, para o amor,
Pois sou espera e procura, a corrida desenfreada no escuro,
Cantando tal escravo fugido, insano varrido, tal resto de cor,
Errante é a crença na berma da estrada, o resto é pouco ou nada,
E me separa do horizonte, da eterna ponte, o inultrapassável muro,
Por isso acredito no acontecer e no infindável Universo nesta alçada.
(Eu acredito que um dia voltará a Alvorada).
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