terça-feira, 30 de julho de 2019

Através da Noite

Através da noite, encontrei a lua e a sonolência,
Para além do beijo perdido, o eu suprimido, aqui,
Eternidade num momento, o oposto da ausência,
Acordado e despertado, para além do ponto em si,

Que não chore quem hoje ainda corre pelo nocturno,
É absurdo correr quando a andar se chega lá também,
Quando regressarmos e nas mesmas ruas correr o diurno
Talvez do Sol, talvez da lua, desde que venha tudo a bem,

Ninguém quer estar sozinho, mas eu quero estar sozinho
E correr descalço por campos abertos, por verde pintados,
Mesmo que nos pés haja pedaços de vidros, este é o trilho,

Como é que rejuvenesço este jardim que destruí aos poucos?
Como é que regresso ao ponto de onde me parti aos bocados?
Este espaço é tempo de ir, tempo dos poetas, viandantes, loucos!

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