Estas sepulturas são mais adequadas para os vivos,
Embeleza-as com agulhas em palheiros de espelhos,
Frágeis, vulneráveis e delicados em seus abrigos,
Fluindo por cateteres parecendo com veias de velhos,
São ficções e fios de navalhas no peito do sonhador,
O vulto fantasmagórico da criança outrora perdida,
Sonhos violentos e apertamos o cinto do amor,
Sou apenas um homem por uma estrada perecida,
Parece-me que furtámos mais beijos do que partilhamos,
Encobrindo a ferida aberta por cidades que ardem,
Asfixiando na mendicância das sombras que abraçamos,
A noite pressionando sob as plangentes pestanas,
Dois corpos de pé bem assente na embraiagem
Mal respirando por estes corações de porcelanas.