Enterrados vivos nem parecem reparar
Que o tempo é estandarte e ampulheta,
Para quem ao espelho se vê assim a passar
E logo passa sem um aceno de sua silhueta,
São eles os meus mais negros passageiros,
Dentro da rapariga cujo corpo é o frio deste coração,
Instigando a flâmula escassa em mil aguaceiros,
São um outro virar de costas - o gritante não,
Calem-se as vozes de um afogamento silencioso,
Perceber que somos donos do mausoléu ermo,
Que esquecemos o corredor de mármore radioso,
Que o caminho é apenas cemitério e a sua ausência,
Esta meia presença, fragmento sem fim ou termo,
Esta pá, esta jovem vala sob o solo em abstinência.