segunda-feira, 24 de julho de 2017

Visto-me de Plumas

Visto-me de plumas e lanço-me no precipício,
Com duas asas rascunhadas por uma criança,
Estes olhos são pintores para esse solstício,
Duas almas ciganas cantarolando uma dança,

Deixo a partida em abraços apertados à brisa,
Vertido na paisagem que imagino num beijo
Contido por candeias e sombras a esta poetisa
Que mora em mim entre a ânsia e o desejo,

Vagueio entre estrelas e luas de fragmentos
Da noite para o dia, procurando meu amor,
Por entre apelos largados aos quatro ventos,

A ampulheta será a minha senhora, o ardor
Das noites em que varei por acontecimentos
Junto ao vosso coração plantarei uma flor!...