Planto para os céus uma semente de ruína,
Esperando de palmas abertas um passado,
Também espero olvidar um dia a doutrina
Que me tolda a vista e não confere estado,
Estendo os braços para o mar inteiro albergar,
Sou filho dos que me antecederam, a quimera,
Fui tantos quanto consegui ser e mesmo amar,
E de tantos ser muitos deixei de ser oh quem dera
Poder ir no trilho do virtuoso, na dança sem nome,
O rapaz feito homem extraviado ao caminho,
Que venha o vero beijo e por mim me tome
Pois este resto é lugar quase por fragmento,
A face lunar, o viajar tão e tão devagarinho,
A parte de mim deixada ao passar do momento.