Tal a ardente fénix ergue-se de novo o sonhador,
Seu sorriso esboço para musas e ternas donzelas,
Tu aquele que mesmo sem amada é eterno amador
E este trilho é o teu pincelar por diferentes telas,
Estes raios de sol não são pertença, são irmandade,
Espaço para o movimento e moção para o sentimento,
De pés no chão e alma no céu jaz essa eterna beldade
Que por vezes vai de mão bem dada com o sofrimento,
Beijo o espelho e sua testa é beijada, oh doce trovador,
Tens asas arquejadas nas costas ao horizonte esticadas,
Por onde passas deixas um rasto de fragmentos de cor
Onde os segundos passam e as horas são bem amadas
Por vezes numa ferida aberta para se ocultar melhor
Pois tu és a delicadeza de tantas mãos até agora dadas.