Os pretextos para os beijos da viagem
A procura incansável da estrela cadente,
Aquela que risca o céu e se deixa à margem
Da abóbada celeste e do homem ausente,
Aquele vertical caminhando quase inteiro,
Através dos segundos e a canção de embalar
Que é o suspiro da morte e do mestre Caeiro
Tão simples e pequeno num ínfimo almejar,
Desabando e erguendo escadas para o céu,
Oh poeta bardo, rosa e espinho na garganta
Onde todo o passado é tudo o que já deu
Então passou de mão beijada ao seguinte,
O último dia de sol e a chuva que é tanta
Que pede e dá esmolas tal abastado pedinte.