sexta-feira, 21 de abril de 2017

Estes Versos

Estes versos vêm do mar em branca espuma,
Esbatendo-se e contra o firmamento dispersos,
Caem do céu tal pétalas de rosa, uma a uma,
Para mim são céus, planícies e sonhos diversos,

Estes versos são fragmentos do plural ancestral,
De uma verdade única quase, quase inatingível,
São oferendas para o Deus de tudo o que é astral
E reflexo do homem de pluma aberta e sensível,

Estes versos são ode e apoteose para o instante,
Para aqueles momentos sempre perto do coração
Pois do eterno e imortal somos o perene amante

E o pluriverso em nós é a lembrança e a ambição,
O sorriso no canto da lágrima, a sombra semblante
Cativos da rosa dos ventos e na palma desta mão.