O reduto para os últimos dos sonhadores,
Escapistas da alma e da mente espairecida,
Espiamos parte do não visto e seus amores
São os ósculos impedidos pela despedida,
Escorremos através do leito de uma cama,
Inscientes ao tempo de uma dádiva passada
Em que o rapaz trazia na mão a sua dama
E vinha o mundo à passagem da estrada,
Saudades de tempos idos e outros instantes,
Quando me enlevava num voo sem rede,
Por muito que pretenda tornar a um dantes
É de mim próprio que é por demais a sede,
Assim se esquecem de si os dois amantes
E vamos um sem o outro contra a parede