quarta-feira, 5 de abril de 2017

No Rosto Impresso

No rosto impresso os dedos da noite cerrada,
Perto do desencontro quase encontrado,
Vejo outra meretriz por si embriagada,
Sou ela em mim e o seu cálice tragado,

Outra garrafa de vinho e pinto constelações,
Esboço nuvens e horizontes sem fim,
Desde que não parem com os garrafões
Quase que esqueço de quem sou para mim,

Outro trago e encontra-se enfim a solução
Perdida para quem deixou de se procurar,
Até se perdem as perguntas para a questão

Então deixem-me, não me quero enfadar,
Pretendo a morte do homem de antemão
E nestes embevecidos instantes poder estar.