Somos encruzilhadas às horas errantes,
Navegando desertos procurando amor,
Outrora poetas da longa estrada amantes,
Caleidoscópios brilhantes dispersos em cor,
Vêm as bermas das ruelas próximas do peito,
Mendigo e imploro por um instante de paz,
Por amor para preencher este triste despeito,
Dizer adeus à dor e plenificar as horas más,
De olhos iridescentes, descanso em regaço,
Para assim eternizar o coração hoje ausente,
Buscando conforto na ternura de um abraço,
Ambas sombras reflectindo a luz perdida,
Só anseio acordar este coração dormente
E marear esta barca para uma costa querida.