Para quando os sóis caídos te entristecerem,
Eu serei chuva para a estação que não passa,
Servindo as sombras que nos antecederem,
Sem memórias de qual a avenida ou praça,
Eu serei chuva para a estação que não passa,
Servindo as sombras que nos antecederem,
Sem memórias de qual a avenida ou praça,
Nego as roupas rasgadas em cima da poltrona,
A poeira que vai assentando as promessas,
Os compromissos com a verdade e a madona
Enquanto caíamos desamparados às travessas,
A poeira que vai assentando as promessas,
Os compromissos com a verdade e a madona
Enquanto caíamos desamparados às travessas,
Apenas fé e crença num amanhã enfim radiante,
Um suspiro e um pouco de força para respirar,
Por um sol que não se ponha ainda brilhante,
Um suspiro e um pouco de força para respirar,
Por um sol que não se ponha ainda brilhante,
Por um ínfimo instante em que é possível amar
Mesmo que vá e caia e quebre ermo e ofegante,
Talvez num instante não tenha mais que procurar.