Sonhos frágeis do quase-homem a quase sonhar,
Desfloro virgens no seu coração e sou partida,
E por onde vou jamais fico pois não sei ficar,
Serei sombra póstuma de uma primavera querida,
Adormeço no regaço de fantasmas e semblantes,
Vultos negros e opacos, seu rosto ainda é o meu
E todos em mim são as lembranças ora distantes,
O palpitar deste coração bate inquietamente no seu,
O cansaço da viagem, ofegante entre os lençóis
De uma estrada intransigente passando por mim,
Mal tempo há para ver o rio, ouvir os rouxinóis,
Sou refém e prisioneiro de mim e dos segundos,
O aprendiz a homem, a criança perto do seu fim,
São todos eu e em mim, todos os meus mundos.