segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Um Poemário

Um poemário para o cansaço da corrida,
Espelhados pelo altivo contorno estelar,
Só mais um pouco, uma última investida
E teremos enfim sítio para um dia respirar,

Difícil é estar tão só, procurando o amor,
Escapa-se-me por entre os dedos descalços,
Onde estará a maravilha sem restos de dor?
Entre ruínas e escombros mil e um percalços!

Ergue-se a onda deixando o que era maré,
Atrás da sombra do ontem já esquecido,
Vivia vendo o mar, adeus, de estrada no pé,

Sou quem ficou na margem não trilhada,
Quem não chegou mas se deu por partido
E assim vai indo, entre o nada e a amada.