Então debaixo das asas escondia sonetos,
Pedaços da alma emoldavam a pintura,
Duas almas dançando em ignotos coretos
Enquanto a estrada vinha triste e escura,
Acreditava assim em vestígios do sétimo céu,
Em pedaços esquecidos de instantes perdidos,
Porções de beleza do espaço que era meu
Sentidos ao expoente na mudez dos sentidos,
Vejo o tempo atravessar as ruas deste lugar,
O sorriso é a inclinação de sempre dar a mão,
Naufrágio onde passam segundos a esvoaçar
Rumo ao horizonte indagando restos de perdão,
Passa o tempo no cais de abrigo, é difícil amar,
Assim sou o mais glorioso dueto na maior solidão.