quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Caminhamos

Caminhamos com esqueletos no armário
Por ruas escuras de lágrimas no rosto,
Entretanto somos à lua a passagem do horário
Para onde não brilha, para lá do sol-posto,

Recostado onde os homens se dão perdidos,
Com uma garrafa em mão, lábios beijados,
Pernoitando nesta almofada dos sentidos
Onde os sonhos caem e se dão por quebrados,

Quase esqueci quem me deu a mão um dia,
Não me deixem esquecer quem é lembrança,
Aquela que é toda minha... minha agonia,

Amanhã ainda tenho uma última esperança,
Relembrar do éter traços de vera magia
E resgatar o amor verdadeiro de criança.