Travessas impregnes de tempos idos,
Ossos e vestígios do que outrora foi,
O ruir das casas e dos sonhos vencidos
São o apertar da ferida onde ainda dói,
Pegadas ainda restam no firmamento,
A vontade do passageiro de rumo aberto
Tornaram-se no poeta e no seu lamento
Retomando o ritmo do trilho incerto,
Escutamos do escuro de uma sala vazia
Instantes em que a música era dourada
E não éramos abrigo para a melancolia
Neste verter e correr que leva a nada
Para além de outro tom de agonia
Na rua que conduz a uma encruzilhada.